sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Morremos pela boca.

É impressionante como nos submetemos a riscos desnecessários diariamente. São situações das mais variadas; desde o modo como nos comportamos no trânsito, até o hábito de comermos em locais que podem oferecer riscos de contaminação aos alimentos ali preparados. Nesse contexto, a manipulação correta dos alimentos é o pré-requisito fundamental para que aquilo que ingerimos não venha a se tornar a causa de males à nossa saúde. No último dia 08/01, foi veiculada no Jornal Hoje (Rede Globo), uma reportagem que alertava para esse tipo de risco: “desde o começo do ano, já passaram pelos serviços de atendimento em saúde do litoral (de São Paulo), mais de 900 pessoas com sintomas indicando a ingestão de alimentos contaminados”. Por aqui, já houve inúmeros casos relacionados à falta de cuidados no preparo de alimentos, sem contar àqueles do dia-dia (que ficam apenas em nossa intimidade... rsrsrs). Na época de alta temporada, esses problemas são potencializados tanto pelo aumento da circulação de pessoas quanto pelo fato de outros tantos, acharem nessa época, uma oportunidade de ofertar seus “quitutes e petiscos” pelas ruas e calçadas das áreas com maior circulação de turistas. Todavia, no momento em que escrevo este artigo, lembro-me de uma palestra apresentada pelo biomédico Roberto Figueiredo (Dr. Bactéria), onde ele alertava para o fato de a maioria das situações em que se expõem os alimentos ao risco de contaminação ocorrer em casa. Por isso, caros leitores, todo cuidado é pouco na hora de se escolher o que, e principalmente onde, comer, afinal, nem tudo o que comemos pode nos parecer saboroso, mas que pelo menos não nos mate!!! Confira o vídeo sobre manipulação de alimentos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Beba gelado, mas não muito.

É bem verdade que a indústria de alimentos ao longo do tempo vem se esforçando para resolver inúmeros problemas tecnológicos que vão desde métodos para conservação até a determinação do tipo ideal de embalagem para cada produto. Nessa linha, em 1963, nos Estados Unidos, a Reynolds Metals Company, foi a primeira indústria a utilizar uma lata de alumínio para embalar refrigerante;  era uma bebida diet à base de cola chamada “Slenderella” (veja mais em: www.abralatas.com.br). Entretanto, o problema é que, desde então, nem sempre a lata se comporta tal qual ao uso a que se propõe. No caso do líquido em seu interior vir a congelar, a lata pode apresentar deformação em função da expansão do seu conteúdo pela mudança do estado líquido para o sólido. Isso ocorre porque o ponto de fusão do líquido é diferente do gás utilizado para carbonatar a bebida, de modo que, enquanto não houver congelamento, suas moléculas podem “coexistir” dentro do volume da lata. Todavia, quando congelado, o líquido tende a “expulsar” o gás e este, por sua vez, passa a se acumular na extremidade superior da lata (já que é menos denso). Uma vez separados, gás e líquido não tornam a se unir, deixando a bebida com uma característica popularmente conhecida com “choca”. Quando não há, dentro da lata, margem (espaço vazio suficiente) destinada a esse tipo de expansão, ela simplesmente se deforma e aumenta seu volume chegando, em casos extremos, a se romper.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mi "Polpa"

Caros amigos consumidores de polpa de frutas, recentemente, estive analisando a qualidade de alguns produtos à disposição nos supermercados e não gostei muito do que pude constatar... é que, aparentemente, estão nos vendendo suco ao invés de polpa. Por definição legal (IN°01/2000 - MAPA) “2.1. Polpa de fruta é o produto não fermentado, não concentrado, não diluído, obtido de frutos polposos, através de processo tecnológico...”. O problema é que eles recebem uma fruta com o padrão de sólidos solúveis “ss”, às vezes, um pouco acima do limite mínimo, e... e aí? o que eles fazem? alguém adivinha? sim, eles diluem o produto (tornando o que era polpa, suco), para elevar o rendimento do fruto em polpa. Qual a porcentagem de rendimento? isso realmente não sabemos e dificilmente chegaremos a saber, pois no fim das contas eu sei que 1kg de polpa é bem mais caro que 1L de água ou suco. Por isso, meu caro amigo consumidor, fique de olho nessa dica:
  • os produtos devem ser homogêneos, apresentado-se, inclusive, livres de cristais de gelo dentro sachê; durante o congelamento, a água adicionada naturalmente se separa do produto, isso porque, ela é livre, diferente da água ocluída, natural de cada fruta.